quinta-feira, 12 de abril de 2012

Memórias de Leitura

Este espaço destina-se à publicação das memórias de leitura dos integrantes do grupo




Antonia Clara

      Tive muita sorte! Nasci em uma casa onde havia livros, muitos livros! E isso na década de 40, em que para comprá-los era preciso encomendar de representantes das editoras.
      Meu pai era o provedor dessa riqueza. Adorava apresentar-me os volumes quando chegavam, destacando a beleza da encadernação ou a qualidade do papel. Mas quem me iniciou como leitora e leitora ávida foi Dona Delma, minha mãe.

      Meu primeiro contato com a leitura foi mágico! Todas as noites ela sentava em minha cama com o Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato, e lia um pouco para mim. Eu era bem pequena e estava longe de saber ler, mas o livro era minha fonte de prazer diário. Eu vivia aquelas aventuras e me identificava com os personagens. A imaginação corria solta pelo Sítio do Pica-Pau Amarelo! E o Reino das Águas Claras, então! O Doutor Caramujo e as pílulas falantes, o Visconde de Sabugosa, o Marquês de Rabicó, a boneca  Emília...  todos fantásticos!

     No melhor da história, lá vinha:
     _Amanhã continuamos!

     A partir daí, a leitura passou a fazer parte da minha vida. E foram/são muitas! Romances, poesias, épicos, teatros, dramas e comédias... estudos... conhecimento... O texto escrito, com sua vocação formadora, teve/tem importante papel em minha constituição como pessoa, auxiliando-me a decifrar o mundo em minha volta.  


Daniel Martiniano

“A ilha perdida”
Livro Série Vagalume
 Ao ler os depoimentos de várias pessoas sobre o primeiro contato com a leitura, vimos o quanto às pessoas tem o hábito e o interesse de lê algo que lhe dão prazer. No entanto, sabemos que a leitura e a escrita é fundamental para o nosso aprendizado. E ao falarmos sobre o primeiro contato com a leitura, isto me fez lembrar quando eu estava na 1ª série, pois não sabia ler muito bem e fiquei de recuperação no final do ano por não saber lê corretamente e para passar de série, teria que saber escrever e ler bem sem gaguejar e pausadamente, pois eu tinha muita dificuldade com a leitura e foi aí que eu comecei a despertar o interesse pela leitura e ter o prazer de ler. Também me recordo do meu primeiro contato com o livro paradidático que eu gostei muito na 4ª série, da Série Vagalume que tem por título “A ilha perdida” de Maria José Dupré, da Editora Ática, pois tínhamos que lê e fazer um resumo e responder um questionário do livro. A história foi fascinante que me chamou a atenção e cada capítulo que eu lia me aguçava mais a vontade e o prazer de ler para ver o final da história. E foi assim que comecei a ter gosto pela leitura.
Livro Série Vagalume


Cristiane

Navegando na Leitura: MEMÓRIAS DE LEITURA
A leitura me fascina. Adoro ler. A leitura é uma transmutação de vida. Através dela nos tornamos melhor.
A leitura parecer ser um outro corpo do meu ser, do meu eu.
      Tive muita sorte! Nasci...: MEMÓRIAS DE LEITURA       Tive muita sorte! Nasci em uma casa onde havia livros, muitos livros! E isso na década de 40, em que para compr...


Cida Mendes

Lembro-me que até entrar na escola, era meu pai que no pouco tempo que tinha, costumava ler estórias para mim e meus irmão, porém  o contato com a escrita e a leitura estão em minha lembranças somente com sete anos de idade, quando começei a estudar em um grupo escolar da vila onde morrava,  foi quando conheci a famosa cartilha "Caminho Suave". Foi através desta cartilha que comecei a conhecer o mundo da escrita e da leitura, e me sentia muito orgulhosa ao chegar em casa e mostrar para meus irmão mais novos e minha mãe o que havia aprendido, pois ela não pode estudar e não tinha como auxiliar os filhos nos estudos. Como filha mais velha, meu papel foi de  sempre ajudar os meus irmãos com os estudos e um dos primeiros livros que lembro de ter lido e gostado muito foi o "Pequeno Príncípe", livro que indiquei anos mais tarde para minha sobrinha, prima e minha filha.


Célia

O mundo da leitura
O mundo da leitura nos permite viajar para caminhos distantes. Nos faz crescer e sonhar ao mesmo tempo. Vejo que  muitos  livros  nos levam ao universo mágico e outros simplemente nos remetem ao mundo real. Isso nos permite crescimento. Quando sento com meus filhos para leituras diversas, vejo que os torno verdadeiros leitores.Poder participar deste curso também está sendo muito. Abraços a todos deste blog.




7 comentários:

Célia disse...

CAMINHOS BEM SUAVES E FELIZES
Em minha infância não tive muita intimidade com os livros, pois meus pais não tinham muita instrução. Mesmo dentro desta limitação, minha mãe sempre contava histórias que me levavam a escrever boas histórias infantis e a voar pela minha imaginação. Isso me estimulou a ler sempre mais e a escrever. Com o tempo fui lendo livros literários o que foi me ajudando a ampliar meus conhecimentos e a escrever sempre melhor. Claro que é preciso sempre ler mais e mais. Quando entrei no Ensino Médio, tive uma professora de Português que nos estimulava muito a ler. Nessa época li pelo menos cinco livros no ano e percebia que ao passo que lia escrevia cada vez melhor. Com o tempo meu gosto pela leitura foi ficando cada vez mais aprimorado e dessa forma comecei a escrever um pouco melhor. Enfim, tentei relatar aqui um pouco da minha experiência com a Leitura e a Escrita.
Abraços a todos

Cristiane Soares A Coltre disse...

Eu, também tive uma experiência parecida com a sula minha professora era encantadora, falava da literatura como alguém que batia papo com os alunos, era tão fácil entender sua exposição doas assuntos e temas que a nossa imanação fluia e o textos que eram para ser de apenas 18 linhas, muitas vezes tornaravam se páginas, verdadeiros contos escritos.

Graça disse...

Clara, que felicidade você teve na sua infância! Eu não tenho lembranças de ouvir histórias lidas, porém me recordo das histórias que meu avô contava.Eram histórias engraçadas, não sei se verdadeiras ou inventadas, mas que eram prazerosas, principalmente porque eu e meus primos nos reuníamos ao seu redor e ali ficávamos nos divertindo com o que ouvíamos.

Patrícia disse...

Antonia Clara, que experiência fantástica que você teve com a leitura! É de famílias conscientes como a sua que precisamos para mudar a cultura de leitura no nosso país. Enquanto não temos esse apoio cultural das famílias precisamos divulgar histórias como a sua para tentar mudar a situação dos nossos leitores, pois se tivéssemos o apoios dos pais acredito que a história dos nossos alunos seria bem diferente... Parabéns!

Antonia Clara disse...

Adorei os comentários de vocês!!
As experiências são mesmo muito diversas, mas o importante são os valores que construímos ao longo da vida. O gosto pela leitura é um deles e nisso estamos todos empatados!!

Carlos "Altino" disse...

Estive navegando por este blog, e gostei muito do comentário da Clara.Eu não tive quando criança, que ela teve. Só passei a ler, e muito pouco, no Curso Científico e depois no Curso Normal. Eu conheço bem a Antonia Clara, e posso confirmar a estória que ela publicou. Posso garantir que Dona Delma é uma aficionada pela leitura.Ela foi uma das primeiras mulheres no Estado de São Paulo a ter o Diploma Universitário de Educadora Sanitária, isso lá pelos idos de 1940... Hoje, aos noventa e cinco anos ela lê muito mais que qualquer um de nós, decifra rapidamente cripto-cruzadas e ainda declama versos e poemas aprendidos no tempo de normalista. Como eu sei tudo isso? A Clara é minha esposa, e a Dona Delma minha sogra. Sorte minha!!!Carlos Altino.

Cristina Gurian disse...

Clarinha, querida amiga!! Assim como Carlos Altino, também tenho muita sorte. Ouvir seu bate-papo literário com Edvaldo, por exemplo, me ensina muito. Por que?
Porque tive sim contato com livros desde pequena, meu pai comprava gibis da turma da Mônica e Asterix, depois livros de coleções da Abril Cultural. Lia sim, mas nunca fui voraz... leio hoje, também, mas... nunca com a paixão que você exala quando fala de livros... nunca meus olhos brilharam como os seus brilham... isso me encanta, sempre... obrigada, Clarinhaaa!!!